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terça-feira, 31 de março de 2009

António Garcia Barreto

António Garcia Barreto

António Garcia Barreto, nasceu na Amadora em 1948. Licenciou-se em História na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Participou na Guerra Colonial, em Moçambique e, no regresso, colaborou em vários órgãos da imprensa escrita, como os jornais "Notícias de Lourenço Marques", "República", "O Diário", "Diário Popular". Neste último jornal colaborou assiduamente na Página Infantil dirigida por José de Lemos. Em 1973, obteve o 1º Prémio de um Concurso de Contos promovido pelo "Diário Popular". Pela mão de António Torrado entrou na literatura infantil.

Obras

Ricardo Caiu no Buraco do Ozono

Literatura Infantil e Juvenil
  • «Ricardo Caiu no Buraco de Ozono», Ambar, 2008, ISBN 978-972-43-1283-5
  • «Conta Comigo, Pai!», Ambar, 2006, ISBN 972-43-1106-6
  • «A Mitra Desaparecida», Ambar, 2006, ISBN 972-43-1028-0
  • «Uma Zebra ao Telefone», Ambar, 2006, ISBN 972-43-1013-2
  • «Amanhã Regresso a Casa», Ambar, 2004, ISBN 972-43-0824-3
  • «Rubens e a Companhia do Espanto em O Caso da Mitra Desaparecida», Câmara M. de Sintra, 2001, ISBN 972-8209-78-9
  • «O Caso da Máscara Desmascarada», Vega Editora, 2001, ISBN 972-699-661-9
  • «O Caso da Cobra com Asas», Vega Editora, 2000, ISBN 972-699-660-0
  • «Eu Vou Contar a História do Livro», Edições Nave, s/d
  • «O Luxo da Gata Mafalda», Edições ASA, 1986
  • «Um Hipopótamo com Soluços», Edições Nave, 1985
  • «Tobias, Um Gato Com Manias», Edições Ró, 1982
  • «Na Rua Onde Moro», Plátano Editora, 1981
  • «Na-Nu, O Menino Que Estudava Num Livro de Pedra», Editorial Caminho, 1979
  • «História das Três Janelas», Plátano Editora, 1977
  • «Botão Procura Casa», Plátano Editora, 1977. Posterior versão em Braille.

A Mulher da Minha Vida
Ficção e Ensaio
  • «A Mulher da Minha Vida», Oficina do Livro, 2008, ISBN 978-989-555-375-4
  • «À Sombra das Acácias Vermelhas», romance, Roma Editora, 2006, ISBN 972-8490-84-4
  • «Ensina-me a Namorar», romance, Campo das Letras, 2005, ISBN 972-610-850-0
  • «Dicionário de Literatura Infantil Portuguesa», ensaio, Campo das Letras, 2002, ISBN 972-610-333-9
  • «Contos do Amor Breve», contos, Contemporânea Editora, 2000, ISBN 972-8305-85-0
  • «Literatura Para Crianças e Jovens em Portugal», ensaio, Campo das Letras, 1998, ISBN 972-610-102-6
  • «A Cidade dos Lacraus»,romance, Editorial Escritor, 1994, ISBN 972-9484-49-X
  • «Triângulo de Guerra», romance, MAR-FIM, 1988
  • «A Malta da Rua dos Plátanos», romance, Editorial Caminho, 1981. Tradução em russo, Ráduga Editora, 1983

(Fontes: wook.pt e wikipédia)

segunda-feira, 30 de março de 2009

António Francisco Cardim

António Francisco Cardim, nasceu em Viana do Alentejo  em 1596, estudou na Universidade de Évora e desenvolveu uma actividade apostólica na Índia, Japão e China. Redigiu várias obras e documentos valiosos que retratam os acontecimentos, os costumes e as paisagens dos locais por onde passou. Escreveu por exemplo, um catecismo em siamês. Foi autor das obras:

António Francisco Cardim 

  • Fasciculus è Japonicis floribus suo adhuc madentibus sanguine (in 1646, Roma)

António Francisco Cardim 1(obra em PDF – 78,9 MB) 

  • Relação da gloriosa morte de quatro embaixadores portugueses da cidade de Macau com cinquenta e sete companheiros degolados pela fé em Nagazaqui a 3 de Agosto de 1640;

  • Batalhas da Companhia de Jesus;

António Cardim teve ainda uma significativa e relevante projecção administrativa no Oriente, tendo sido Procurador-Geral da província do Japão, utilizando essa condição para tentar normalizar as relações com os japoneses depois do massacre. Veio a falecer em Macau, a 30 de Abril de 1659.

In Biblioteca Lusitana

domingo, 29 de março de 2009

António Ferreira

 António Ferreira

António Ferreira (Lisboa, 1528 - 1569), escritor e humanista português, um dos mais importantes do Renascimento, conhecido como "o Horácio português".

Estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde teve por mestres Diogo de Teive, que ensinava Humanidades e com quem versou as Literaturas greco-romanas, e Jorge Buchanan. Actuou como desembargador do Tribunal da Relação de Lisboa. Como discípulo mais destacado do poeta Sá de Miranda, destacou-se na elegia, na epístola, nas odes e no teatro.

Em 1564, casou em segundas núpcias com D. Maria Leite, natural de Lamas de Orelhão, no concelho de Valpaços, local onde recolheu as informações para a sua "História de Santa Comba dos Valles", sobre a Lenda de Santa Comba dos Vales. Seu filho, Miguel Leite Ferreira, publicou seus poemas sob o título de Poemas lusitanos em Lisboa (1598) e suas comédias apareceram em 1621 junto com as de Francisco Sá de Miranda.

Sua obra mais conhecida é uma tragédia, A Castro o Tragédia de Inês de Castro, de inspiração clássica em cinco actos, na qual aparece um coro grego, está escrita em verso polimétrico. O tema, os amores do príncipe D. Pedro de Portugal pela nobre Inês de Castro e o assassinato desta em 1355 por razão de estado, por ordem do pai do príncipe, o rei Afonso IV de Portugal, será no futuro um dos mais tratados pelos dramaturgos europeus. Esta tragédia só foi impressa em 1587.

É considerado um dos maiores poetas do classicismo renascentista de língua portuguesa. Em 1569 sucumbiu ao contágio destruidor da peste negra.

Obtido na: Wikipédia

sábado, 28 de março de 2009

António Feliciano de Castilho

Antonio Feliciano de Castilho

António Feliciano de Castilho (1800-1875) nasceu e faleceu em Lisboa. Aos seis anos, por motivo do sarampo, cegou. Não obstante isso, seguiu estudos regulares, graças ao auxílio de seu irmão Augusto Frederico. Em 1817, matriculou-se na Universidade e em 1826 estava formado em Cânones. A seguir, fixou-se com o irmão em Castanheira do Vouga, perto de Águeda, e aí se conservou uns oito anos, em situação que muito favoreceu o estudo e a produção literária. Esteve na Madeira e nos Açores e visitou o Brasil. – Dedicou-se à tradução de obras em latim, francês e inglês.

Obras Principais:

Cartas de Eco e Narciso (1821); A Primavera (1822); Amor e Melancolia (1828); A Chave do Enigma; A Noite do Castelo (1836); Os Ciúmes do Bardo (1836); Crónica Certa e muito Verdadeira de Maria da Fonte (1846); Felicidade pela Agricultura (1849); Escavações Poéticas (1844); Presbitério da Montanha; Quadros da História de Portugal (1838); O Outono (1863).

Traduções:

A Lírica de Anacreonte; Metamorfoses e Amores, de Ovídio; Geórgicas, de Virgílio; Médico à Força, Tartufo, O Avarento, Doente de Cisma, Sabichonas e Misantropo, de Molière; O Sonho de uma Noite de S. João, de Shakespeare; Fausto, de Goethe.; D. Quixote de La Mancha, de Cervantes.

Fonte: Projecto Vercial

Outros Links:

  • Obras de António Feliciano de Castilho na Biblioteca Nacional Digital
  • António Feliciano de Castilho no Dicionário Histórico de Portugal
  • António Feliciano de Castilho na wikipedia
  • António Feliciano de Castilho no Projecto Vercial
  • António Feliciano de Castlho na Wikisource
  • sexta-feira, 27 de março de 2009

    António Dinis da Cruz e Silva

     

    António Dinis da Cruz e Silva (1731-1799) formou-se em Direito.

    Depois de exercer funções de magistratura em Castelo de Vide e Elvas, foi nomeado desembargador da Relação do Rio de Janeiro, aí permanecendo entre 1776 e 1789. Voltou ao Brasil em 1890 para julgar os implicados na revolução de Tiradentes, na qual estava implicado o poeta Tomás Gonzaga.

    Hissope

    Foi um dos fundadores da Arcádia Lusitana em 1756, adoptando o pseudónimo de Elpino Nonacriense. Além de poemas várias, escreveu o Hissope, poema heróico-cómico.

     

    Soneto:

    - "Esse barco, que corta velozmente

    do claro Tejo a veia cristalina,

    ó doce mãe do Amor, bela Ericina,

    todo o meu bem me leva cruelmente.

    Mas já que é tão feliz, Deusa, exprimente

    de tua estrela a proteção divina:

    de alegres auras viração benina

    ao doce porto o leve felizmente".

    Isto dizia Elpino, acompanhando

    com os tristes olhos um batel ligeiro,

    que quase no horizonte se ocultava.

    Turva se foi a noite então cerrando,

    e o pastor, entre o denso nevoeiro,

    os olhos pelas ondas alongava...

    quinta-feira, 26 de março de 2009

    António Cândido de Figueiredo

     

    António Cândido de Figueiredo (Lobão da Beira, Tondela, 19 de Setembro de 1846Lisboa, 26 de Setembro de 1925) foi um filólogo e escritor português, autor do Novo Dicionário da Língua Portuguesa, originalmente publicado em 1899 e depois alvo de múltiplas reedições até ao presente. É esta a obra pela qual é mais conhecido, ainda que tenha publicado também inúmeros estudos de linguística. Publicou, também escritos de ficção e crítica, entre as quais Lisboa no ano 3000, obra de crítica social e institucional, saída a público em 1892, mas recentemente reeditada. Também traduziu numerosas obras de filologia e linguística. Foi um dos fundadores da Sociedade de Geografia de Lisboa e sócio correspondente da Academia Brasileira de Letras.

    Biografia

    Cândido de Figueiredo frequentou o Seminário de Viseu, estabelecimento onde concluiu, a 19 de Junho de 1867, o curso de Teologia, sendo de seguida ordenado presbítero. Matriculou-se depois no curso de Direito da respectiva faculdade da Universidade de Coimbra, tendo ali sido estudante entre 1869 e 1874. Durante os seus tempos de estudante participou na denominada Questão Coimbrã.

    Decidiu abandonar a vida eclesiástica, para que aparentemente fora destinado pela família, e depois de longos esforços conseguiu que o papa Leão XIII o dispensasse do munús eclesiástico. Casou então com Mariana Angélica de Andrade, enveredando pela advocacia.

    A partir de 1876 fixou-se em Lisboa, abrindo um escritório de advocacia, onde trabalhava em parceria com Júlio de Vilhena. Apesar de ter como principal actividade a advocacia, exerceu algumas comissões oficiais por incumbência do Ministério do Reino na área da instrução pública, entre as quais o cargo de inspector das escolas do Distrito de Coimbra. Ingressou depois na carreira dos registos e notariado, sendo nomeado conservador do Registo Predial da comarca de Pinhel. Foi depois transferido para Fronteira e em seguida para Alcácer do Sal. Nesta última vila exerceu o cargo de presidente da respectiva Câmara Municipal.

    Em 1881 foi nomeado secretário-geral da Bula da Cruzada e no ano seguinte professor provisório do Liceu Central de Lisboa. Algum tempo depois foi nomeado funcionário do Ministério da Justiça, carreira que seguiria durante o resto da sua vida profissional. Nesta carreira atingiu o lugar de subdirector-geral, no qual se aposentou depois de mais de 40 anos de serviço.

    Exerceu por várias vezes as funções de director-geral interino do Ministério da Justiça. Em 1893, quando José Dias Ferreira presidia ao governo, foi nomeado governador civil do Distrito de Vila Real. Foi ainda secretário particular de Bernardino Machado, no período em que este foi Ministro das Obras Públicas.

    Para além das suas actividades profissionais, foi poeta e jornalista de grande mérito, tendo colaborado em periódicos como o Panorama (1856-1863), Aljubarrota, Lusitano, Progresso, Bem Público, Voz Feminina, Revista dos Monumentos Sepulcrais, Almanaque de Lembranças, Notícias (que depois seria o Diário Popular), Grinalda, Crisálida, País, Hinos e Flores, Repositório Literário, Tribuno Popular, Independência, Recreio Literário, Folha, Panorama Fotográfico, Viriato, Gazeta Setubalense, Democracia (publicado em Elvas), entre outros. Fundou e dirigiu o periódico A Capital e foi redactor do diário Globo. Entre outras publicações, também colaborou na Revista de Portugal e Brasil e no Ocidente.

    Entrou depois para a redacção do Diário de Notícias, onde se manteve por muitos anos e no qual publicou valiosas crónicas literárias, que assinava com o pseudónimo de Cedef.

    No campo cultural e científico, destacou-se como lexicólogo e linguista, tendo feito parte da comissão que foi encarregada em 1891 de fixar as bases da ortografia da língua portuguesa. Desta comissão faziam parte, entre outros, Carolina Michaëlis de Vasconcelos, Gonçalves Viana, Leite de Vasconcelos e José Joaquim Nunes.

    Em 1871 foi feito sócio do Instituto de Coimbra e no ano de 1874 foi eleito sócio correspondente da Academia Real das Ciências de Lisboa, instituição da qual seria eleito sócio efectivo em 1915. Também no ano de 1874 foi eleito, por unanimidade, professor correspondente da Academia de Jurisprudência e Legislação de Madrid. Era também sócio da Academia Brasileira de Letras.

    Em 1878, por proposta dos orientalistas Julius Oppert e Guiard, foi eleito membro titular da Sociedade Asiática de Paris. Foi também membro do Congresso dos Orientalistas de Londres. Em 1902 foi eleito membro da Real Academia Espanhola.

    Em 1887 foi eleito vogal do Conselho Superior de Instrução Pública em representação do professorado de ensino livre. Foi nomeado em 1890, pelo Ministério do Reino, membro da comissão encarregada de rever a nomenclatura geográfica portuguesa.

    Foi galardoado com a Medalha de Honra do Congresso Jurídico do Rio de Janeiro e com as palmas de ouro num concurso poético da Académie de Toulouse.

    Em 1876 foi, com Luciano Cordeiro, um dos sócios fundadores da Sociedade de Geografia de Lisboa. Quando faleceu era presidente da Academia das Ciências de Lisboa. Foi ainda vice-cônsul do México em Lisboa.

    Por distintos serviços públicos, em 1908 foi agraciado com a Carta de Conselho. Foi também agraciado com o grau de cavaleiro da Ordem da Cruz Branca, de Itália.

    Referências

    • Heráclito Graça, Fatos da linguagem, Colecção Estudos da Língua Portuguesa (direcção de Evanildo Bechara), Academia Brasileira das Letras,

    Obras publicadas

    • Lições Práticas de Linguagem Portugueza. Cartas de Caturra Jr. à redação do Portuguez, Lisboa, Imprensa Minerva, 1891.
    • Lisboa no ano 3000, Lisboa, 1892.
    • Novo Dicionário da Língua Portuguesa, Lisboa, 1899.
    • O que se não deve dizer. Bosquejos e notas de filologia portuguesa ou consultório popular de enfermidades da linguagem, Livraria Clássica Editora, Lisboa, 1903.
    • Gramática sintética da língua portuguesa, Livraria Clássica Editora, Lisboa, 1916.
    • O problema da colocação de pronomes (suplemento às gramáticas portuguesas), Livraria Clássica Editora, Lisboa, 1917.

    Obras digitalizadas

    Outros Links

    Obtido na: Wikipédia

     

    O Mar

    - Minha mãi que voz é aquella,
    que vem das bandas do mar?

    - Meu filho, é a voz da procella,
    são as ondas a chorar!  

    - Minha mãi, porque é que choram,
    se ninguém lhes foi batêr?

    - Meu filho, é porque deploram
    os que nellas vão morrêr!

    - Porque é que o mar se lamenta
    hoje e ontem, sempre assim?

    - Porque encerra e representa
    prantos e mágoas sem fim,

    os gemidos lancinantes
    que aos lábios de filhos vêm,pranto de irmãos e de amantes,
    benditos prantos de mãi!

    Cândido de Figueiredo, 4-III-06

    quarta-feira, 25 de março de 2009

    António Cândido Gonçalves Crespo

     António Gonçalves Crespo

    António Cândido Gonçalves Crespo (1846-1883) nasceu nos arredores do Rio de Janeiro, filho de um negociante português e de uma mestiça, vindo para Portugal com dez anos de idade. Formou-se em Direito na Universidade de Coimbra em 1877,  sendo colaborador do jornal “A Folha”, de que era director João Penha, poeta que introduziu em Portugal o Parnasianismo.

    Naturalizou-se português, porque adoptou Portugal como pátria e porque para exercer advocacia tinha que ser português. Casou, em 1874, com a escritora Maria Amália Vaz de Carvalho (1847-1921) e, graças a ela e à sua roda de amigos, fez carreira no mundo das Letras e também na política, pois chegou a ser deputado às Cortes, pela Índia, em 1879 .

    De saúde débil, contraiu tuberculose, tendo vindo a faleceu dessa doença, aos 37 anos, em 1883 .

    Gonçalves Crespo foi influenciado pela escola parnasiana, notando-se nas suas obras poéticas o abandono da estética romântica. As suas poesias foram reunidas nas colectâneas Miniaturas (1870) e Nocturnos (1882). Tendo casado com a escritora Maria Amália Vaz de Carvalho, escreveu em colaboração com ela o livro Contos para os Nossos Filhos, publicado em 1886.

    Em 1887, são publicadas as suas "OBRAS COMPLETAS" prefaciadas por Teixeira de Queirós e Maria Amália Vaz de Carvalho .

    Fonte: Tripod.com

    terça-feira, 24 de março de 2009

    António Costa Santos

     

    António Costa Santos (n. Lisboa, 2 de Junho de 1957) é um jornalista e escritor português. Iniciou a sua carreira em 1976 n'O Diário, foi chefe de redacção do Se7e e foi redactor, editor e colunista no Expresso, entre 1989 e 2000. Escreveu guiões para cinema e televisão e publicou, entre outros livros, o romance Diário de um Gajo Divorciado e o infanto-juvenil As Coisas que eles sabem. Em 2007, editou "Proibido!" (Guerra&Paz), um estudo sobre proibições aberrantes, existentes no tempo da ditadura; e "Livro das (In)Utilidades" (Guerra&Paz). Traduziu diversos livros para diversas editoras, entre os quais "Gulag", de Anne Applebaum, e "A Rússia de Putin", de Anna Politkovskaia. Tem 4 filhos.

    Obtido na: Wikipédia

    Diario de um gajo divorciado

    As coisas que eles sabem

     

     

     

     

     

     

     

    Proibido

    O Livro das Utilidades

    segunda-feira, 23 de março de 2009

    António Costa Lobo

     

    António de Sousa Silva Costa Lobo

    (Porto, 1840 - Lisboa, 1913) foi um historiador e escritor português.

    Biografia

    Costa Lobo frequentou a Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, concluindo os estudos em 1864. Além de historiador, foi professor de direito e professor do Curso Superior de Letras. Em 1966 tomou assento na Câmara dos Pares, sucedendo ao seu pai. Em 1892 assumiu a pasta dos Negócios Estrangeiros e pertenceu ao Conselho de D. Manuel II, tendo honras de ministro de Estado honorário.

    Como historiador e escritor projectou uma trilogia dramática que resumisse a história de Portugal, da qual veio apenas a publicar o drama em verso intitulado Afonso de Albuquerque, em 1886, e o auto dramático Portugal Sebastianista, em 1909. A sua vida e obra foi marcada pelas ideias krausistas. Foi também um estudioso do sebastianismo.

    António Costa Lobo

    Obras publicadas

    • 1864 - O Estado e a Liberdade de Associação
    • 1886 - Afonso de Albuquerque
    • 1893 - Descargo da Minha Responsabilidade de Ministro
    • 1903 - História da Sociedade Portuguesa no Século XV
    • 1906 - Portugal e Miguel Ângelo Buonarróti
    • 1909 - História e Prefiguração Dramática
    • 1909 - Origens do Sebastianismo
    • 1909 - Portugal Sebastianista

    Obtido na: Wikipédia

    domingo, 22 de março de 2009

    António Carvalho de Parada

     

    António Carvalho de Parada (1595-1655) nasceu no Sardoal e doutorou-se em Teologia pela Universidade de Coimbra. Foi prior de Bucelas, arcipreste da Sé de Lisboa e guarda-mor da Torre do Tombo de 1650 até à morte.

    Arte de Reinar

    Escritor político da Restauração, publicou Discurso politico fundado en la doctrina de Christo (Lisboa, Pedro Craesbeeck, 1627), Justificação dos Portuguezes sobre a Acção de Libertarem seu Reino da Obediência de Castella (Lisboa, Paulo Craesbeeck, 1643) e Arte de Reynar / ao Potentíssimo Rei D. João IV, nosso senhor, restaurador da Liberdade Portuguesa (Bucelas, Paulo Craesbeeck, 1643).

    Obtido na Wikipédia

    sábado, 21 de março de 2009

    António Cabral

    António Cabral

    António Cabral (António Joaquim Magalhães Cabral) nasceu em Castedo do Douro (Alijó), em 30.04.1931, e faleceu em 2007. Frequentou o curso teológico do Seminário de Vila Real e a licenciatura em Filosofia pela Universidade do Porto. Além de ter sido professor no ensino oficial, destaca-se no seu currículo o jornadear pelo país (centros culturais, escolas do ensino básico, secundário e universitário) e pelo estrangeiro, Galiza e Alemanha sobretudo, falando dos temas que lhe são preferidos: literatura, jogos populares e pedagogia do jogo. Na área pedagógica foi membro do Conselho de Redacção da revista galaico-portuguesa O Ensino. Professor de Cultura Geral, na Universidade Sénior de Vila Real.

    Como animador sociocultural, fundou o Centro Cultural Regional de Vila Real (1979) de que foi o Presidente da Direcção até l991. É sobretudo na investigação e organização de festas de jogos populares que a sua acção tem sido mais notória, mesmo depois de 1991, ano em que passou a ser o Presidente da Assembleia Geral do CCRVR. "Expert" do Conselho da Europa no II Estágio Alternativo Europeu sobre Desportos Tradicionais e Jogos Populares (Lamego, 1982) e principal responsável pela organização dos Jogos Populares Transmontanos e Jogos Populares Galaico-Transmontanos, com início respectivamente em l977 e 1983. No âmbito do CCRVR fomentou a vida associativa, promovendo numerosos encontros. No FAOJ (Fundo de Apoio aos Organismos Juvenis), que antecedeu o Instituto da Juventude, desempenhou os cargos de Delegado do Distrito de Vila Real e Coordenador da Zona Norte (l974-1976). Presidente da Direcção da ANASC (Associação Nacional de Animadores Socioculturais, fundada em 1995, e seguidamente Presidente da Assembleia Geral, função que já não exerce, participando em sucessivos congressos internacionais. Desde Março de 1996 até final de Janeiro de 2004, Delegado do INATEL no Distrito de Vila Real, o que lhe permitiu, segundo a sua inclinação, privilegiar a cultura popular.

    No domínio das letras e das artes fundou em Vila Real a revista Setentrião (1962) e Tellus de que foi o primeiro director (1978), e o mensário Nordeste Cultural (1980). Promoveu, através do CCRVR, cinco encontros de escritores e jornalistas de Trás-os-Montes e Alto Douro: em Vila Real (1981), Chaves (1983), Bragança, Mirandela e Miranda do Douro (1984), Lamego, Régua e Alijó (l985) e Vila Real (1997). Agraciado com as medalhas de prata de mérito municipal de Alijó (1985) e de Vila Real (1990). Seleccionado para Maletas Literárias de duzentos livros portugueses, no programa Territórios Ibéricos -2004-2005. Colaboração dispersa por revistas e jornais portugueses e estrangeiros, salientando-se recentemente a colaboração semanal (Novembro de 1993 – Janeiro de 1995) no jornal Público, com textos sobre tradições populares, no Semanário Transmontano, com a rubrica Entre Quem É, e ainda no Entre Letras (Tomar), Notícias do Douro e Notícias de Vila Real. Na internet é também um dos autores permanentes do NetBila. Participação em programas de rádio e de televisão, colectâneas escolares, obras colectivas e antologias de poesia como: Poesia Portuguesa do Pós-Guerra, Poesia 71, Oitocentos Anos de Poesia Portuguesa, Hiroxima, Vietname, Poemabril, Ilha dos Amores, O Trabalho, Poetas Escolhem Poetas. Ao Porto – colectânea de poesia sobre o Porto, De Palavra em Punho – antologia poética da resistência, Antologia Neruda/cem anos depois, etc. Alguns poemas de AC foram cantados por Manuel Freire, Correia de Oliveira e Francisco Fanhais. Prefaciou e/ou fez a apresentação de diversos livros, entre eles, Cantar de Novo, de José Afonso (Tomar, l971) e Ser Torga, de Fernão Magalhães Gonçalves (Porto, 1992), e também de obras de escritores transmontanos com projecção nacional como Bento da Cruz e A.M. Pires Cabral.

    Bibliografia

    Poesia

    • 1951 - Sonhos do meu Anjo

    • 1956 - O Mar e as Águias

    • 1958 - Falo-vos da Montanha

    • 1960 - A Flor e as Palavras (1º Prémio de Manuscritos do SNI)

    • 1965 - Poemas Durienses

    • 1967 - Os Homens Cantam a Nordeste

    • 1971 - Quando o Silêncio Reverdece

    • 1977 - Emigração Clandestina

    • 1979 - Aqui, Douro

    • 1983 - Entre o Azul e a Circunstância

    • 1997 - Bodas Selvagens

    • 1999 - Antologia dos Poemas Durienses

    • 2000 - O Peso da Luz nas Coisas.

    • 2003 - Ouve-se um Rumor e Entre Quem É

    • 2003 - Contos de Natal para Crianças

    Ficção

    • 1983 - Festa em Setembro
    • 1990 - Memória Delta
    • 1995 - A Noiva de Caná
    • 2005 - O Prometeu Agrilhoado Hoje
    • 2006 - O Rio Que Perdeu as Margens

    Teatro
    • 1975 - O Herói (2º prémio da Academia Teresopolitana de Letras, Teresópolis, Brasil, em 1964)
    • 1976 - Temos Tempo
    • 1977 - A Linha e o Nó
    • 1977 - 7 Peças em um Acto
    • 1994 - Semires
    • 2005 - A Moura Encantada
    • 2006 - A Fraga das Dunas

    Ensaio

    Literatura
    • 1965 - História da Literatura Portuguesa
    • 1971 - Morfologia Literária
    • 1977 - Miguel Torga, o Orfeu Rebelde

    Etnografia e Antropologia
    • 1985 - Cancioneiro Popular Duriense
    • 1986 - Jogos Populares Portugueses
    • 1988 - Os Jogos Populares – Onze Anos de História: 1977-1988
    • 1991 - Jogos Populares Infantis
    • 1998 - Jogos Populares Portugueses de Jovens e Adultos
    • 1991 - Jogos Populares e Provérbios da Vinha e do Vinho
    • 2001 - A Cantiga e o Romance Popular no Alto Douro

    Ludoteoria
    • 1981 - Os Jogos Populares e o Ensino
    • 1990 - Teoria do Jogo
    • 1992 - A Imitação e a Competição no Jogo Infantil
    • 1995 - O Modelo Lúdico do Ensino-Aprendizagem
    • 1999 - Tradições Populares – I
    • 1999 - Tradições Populares – II
    • 2001 - O Jogo no Ensino, Editorial Notícias

    Fontes: Projecto Vercial e Pt.Wikipedia

    POEMA

    AQUI, O HOMEM


    Nem Baco nem meio Baco!:
                    Aqui é o homem,
    desde as mãos ossudas e calosas,
    desde o suor
    ao sonho que transpõe as nebulosas.
    Montes de pedra dura,
                  gólgotas
    onde os geios são escadas!
    Venham ver como sobe o desespero
    e a esperança, de mãos dadas.
    É o homem.
            Isso é o homem.
    – Nem sátiro nem fauno –
    Uma vontade erguida em rubro gládio
    que ganha a terra, palmo a palmo.
    Vinhas que são o inferno,
                       o único
    em que o fogo é a taça da alegria!
    Venham ver um senhor
    grandioso como o sol ao meio-dia.
    Nem Baco nem meio Baco!:
                    Aqui é o homem
    que nada há que não suporte
    mas suporta e persiste.
    Aqui é o homem até à morte.   

        
    Poemas Durienses. – Vila Real : Minerva Transmontana (comp. e impr.), 1963

    sexta-feira, 20 de março de 2009

    António Bracinha Vieira

     António Bracinha Vieira

    António Bracinha Vieira nasceu em 1941 na cidade de Lisboa, onde estudou Medicina, vindo a especializar-se em Psiquiatria. Doutorou-se em 1980 e agregou-se em 1983 na Faculdade de Medicina de Lisboa, e aí regeu a cadeira de Psicopatologia. Desde 1970 interessou-se por Etologia, cujos princípios tentou aplicar às Ciências Humanas. Foi fundador da Sociedade Portuguesa de Etologia e seu primeiro presidente. Convidado pela UNL, começou a leccionar na FCSH em regime de colaboração e, a partir de 1990, como professor do quadro. Tem ensinado, na área disciplinar da antropologia, comportamento e evolução humana, investigando nestes domínios. É professor catedrático desde 1992. Rege cadeiras de antropologia biológica e participa no ensino pós-graduado. É membro integrado do CFCUL, faz parte das linhas de investigação de Filosofia das Ciências da Vida e Filosofia das Ciências Humanas e é colaborador do Projecto "A Imagem na Ciência e na Arte". (Curriculum Vitae - PDF).

    Em paralelo com a actividade universitária trabalha em literatura onde assina com o nome de António Vieira.

    Áreas de interesse:

  • Etologia

  • Antropologia biológica

  • Filosofia das Ciências Humanas

  • Filosofia da Medicina

    Principais Publicações:

    Obras Científicas

  • 1983 - Etologia e Ciências Humanas, Lisboa: IN/CM

  • 1995 - Ensaios sobre a Evolução do Homem e da Linguagem, Lisboa: Fim de Século

  • 2005 - Modelos Evolutivos e Ideologia: o caso Teilhard de Chardin, in Teilhard de Chardin. Evolução e Esperança. Antropologia e Filosofia  (Universidade Nova de Lisboa),  Dez., pp. 13-28

  • «Fausto e Prometeu» - Actas da Segunda Jornada Luso-Alemã, com o tema: Prometeu e Fausto em Goethe e Pessoa: Cartografias dialogantes.

  • 2008 - Diário de viagem pelo Brasil: ano de 1999 (fragmento), in Sigila, revista transdisciplinar luso-francesa, Nº 21, a aparecer em Maio / 08, Paris (Gris-France).

  • 2008 - Genes e ambiente: um modelo evolutivo da linguagem, in  Revista Portuguesa de Psiquiatria Infantil, Lisboa.

  • De l'homme-primate à l'homme-termite: essai sur l'affaiblissement du langage - Actas do colóquio Vivre en Europe: science, éthique, politique.

  • O 'lado de lá' em Maurice Blanchot, publicação nos textos de seminário Fora da Filosofia: da Fenomenologia à Desconstrução, Lisboa (Centro de Filosofia das Ciências).

    Obras de Ensaio e Ficção

    Antonio Vieira - Fim do Império

  • Discurso da Ruptura da Noite (1976)

  • A Fenomenologia da Criação Artística em Mário Botas (1983), Lisboa: IN/CM

  • Doutor Fausto (1991), Lisboa: IN/CM

  • Ensaio sobre o Termo da História (1994), Lisboa: Hiena Editores

  • Metamorfose e Jogo em Mário de Sá-Carneiro (1997), Lisboa: Etc

  • Tunturi (1998), Lisboa: Etc

  • Dissonâncias (1999),

  • O Regresso de Penélope (2000), Lisboa: Colibri

  • Improvisações sobre a ideia de Deus (2005), Lisboa: & etc.

  • Fim de Império, romance, Lisboa, 2008 (ASA), sob o nome de António Vieira

  • Obtido na:  Página de Bracinha Vieira

    Outros Links:

    quinta-feira, 19 de março de 2009

    António Botto

     António Botto

    António Botto

    Nome: António Tomás Botto

    Nascimento: 17-8-1897, Casal de Concavada, Abrantes

    Morte: 17-3-1959, Rio de Janeiro

    Poeta, ficcionista e autor dramático português nascido a 17 de Agosto de 1897, em Casal da Concavada (Abrantes), e falecido a 17 de Março de 1959, no Rio de Janeiro. Começou por ser empregado numa livraria de Lisboa e, depois de uma curta estadia em Angola, foi funcionário público, até, em 1942, ser expulso do cargo que ocupava e optar por um exílio voluntário no Brasil. O seu nome encontra-se associado ao modernismo português, tendo recebido de elementos do Orpheu palavras de encarecimento, nomeadamente de Fernando Pessoa - que traduziria para inglês as Canções - e Raul Leal, admiração que transitaria para o segundo modernismo em estudos de Régio e Casais Monteiro. Projectado como caso público, após a apreensão do segundo volume de Canções (1922), o confessionalismo amoroso dessas composições, colocado ao serviço de uma homossexualidade assumida, gerou uma acérrima polémica de teor essencialmente moral em torno da sua postura literária. Refundidas nas suas sucessivas edições, as Canções surpreendem pela conjugação de uma aparente espontaneidade, conseguida pela simplicidade de vocabulário e pela variação métrica, com a minúcia de análise emocional com que desfibra cada ínfimo ou repetido episódio da relação amorosa. A modernidade de António Botto reside precisamente na capacidade de, ao tratar um tema eminentemente subjectivo, como a confissão amorosa, intelectualizar esse caso íntimo, decompondo com ironia ou reflectido desalento as reacções do sujeito poético, a ponto de anular, pela lucidez com que se expõe, o sentimentalismo de que parte.

    Os seus livros de poesia posteriores - entre eles: Motivos de Beleza (1923), Curiosidades Estéticas (1924), Pequenas Esculturas (1925), Baionetas da Morte (1936), A Vida Que Te Dei (1938), Os Sonetos e O Livro do Povo (1944) - foram sendo acrescentados às várias edições das Canções .

    António Botto possui ainda uma faceta menos considerada como autor dramático, com melodramas de inspiração populista e naturalista, Flor do Mal, de 1923, António , editado em 1933, Alfama , publicado em 1935, e Nove de Abril , de 1938. É ainda autor de obras de literatura infantil, tendo redigido pequenas narrativas exemplares para crianças nas quais predominam a fantasia, um tom ingénuo e coloquial.

    In Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-03-19].


    Obras

    Poesia
    • Trovas (1917)
    • Cantigas de Saudade (1918)
    • Cantares (1919)
    • Canções (várias edições, revistas e acrescentadas pelo autor, entre 1921 e 1932)
    • Canções do Sul
    • Motivos de Beleza (1923)
    • Curiosidades Estéticas (1924)
    • Pequenas Esculturas (1925)
    • Olimpíadas (1927)
    • Dandismo (1928)
    • Ciúme (1934)
    • Baionetas da Morte (1936)
    • A Vida Que te Dei (1938)
    • Sonetos (1938)
    • O Livro do Povo (1944)
    • Ódio e Amor (1947)
    • Fátima - Poema do Mundo (1955)
    • Ainda Não se Escreveu (1959)
    Ficção
    • António (1933)
    • Isto Sucedeu Assim (1940)
    • Os Contos de António Botto (1942) - literatura infantil
    • Ele Que Diga Se Eu Minto (1945)
    Teatro
    • Alfama (1933)

    Outros Links:

    POEMA

    " O mais importante na vida

    é ser-se criador - criar beleza"

    quarta-feira, 18 de março de 2009

    António Borges do Canto Moniz

     António Borges do Canto Moniz (Angra do Heroísmo, 27 de Fevereiro de 1846 —) foi escritor e professor régio de instrução primária, e inspector de l.ª classe do corpo da fiscalização de impostos nos Açores.

    Bibliografia

    • Ilha Graciosa, descrição histórica e topográfica, publicado em 1884;
    • Biografia de D. Catarina de Sena, abadessa do Convento de São Gonçalo de Angra do Heroísmo, publicado em 1874,
    • Produções em prosa e verso, artigos políticos, folhetins que foram publicados em diversos jornais do continente e Açores.

    Referências: Alfredo Luís Campos, Memória da Visita Régia à Ilha Terceira, Imprensa Municipal, Angra do Heroísmo, 1903.

    Obtido na: pt.wikipédia

    terça-feira, 17 de março de 2009

    António Barahona da Fonseca

     Antonio Barahona Fonseca

     

    Nome: António Manuel Baptista Barahona da Fonseca (ou Muhammad Abdur Rashid Barahona)

    Nascimento: 7-1-1939, Lisboa

    Escritor português, de nome completo António Manuel Baptista Barahona da Fonseca, nasceu a 7 de Janeiro de 1939, em Lisboa. Partindo da escrita surrealista - António Barahona da Fonseca integrou o grupo do Café Gelo, onde se reuniu a segunda geração surrealista -, passou pela poesia experimental, com a colaboração no primeiro e segundo cadernos de Poesia Experimental, para chegar a uma poesia impetuosa que, revelando uma forte componente mística e esotérica, acentuada após a sua conversão à religião islâmica, em 1975, levanta o véu às palavras, fala "em carne viva", assumindo a sua condição de "poeta agónico,/ leitor d' Unamuno e bebedor de Húmus,/ com laivos e lábios d'oriental do deserto,/ elegendo a decadência como um valor voltaico// e preocupado em redigir prefácios/ à dor guardada num vazio informe" (cf. Manhã do Meu Inverno (Exorcismos e Prefácios), s/l, 1996). Após se ter convertido ao islamismo adoptou o nome Muhammad Abdur Rashid Barahona, com que passou a assinar alguns dos seus trabalhos. Também usou o nome Pastor Lócio em algumas das suas éclogas. Entre as suas obras encontram-se Insónias e Estátuas (1961), Poemas e Pedras (1962), Capelas Imperfeitas (1965), Eunice (1970), Aos Pés do Mestre (1974 e 1975), Poema Único (1977), Viajante Oxalá (1986) e Guerra Santa no Islame (1994).

    In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2009. [Consult. 2009-03-16].

    Obras publicadas

    Poesia
    • 1961 - Insónias e Estátuas
    • 1962 - Poemas e Pedras
    • 1965 - Capelas Imperfeitas
    • 1968 - Impressões Digitais
    • 1978 - Amor Único
    • 1980 - Pátria Minha
    • 1983 - Sujata
    • 1984 - Livros da Índia
    • 1992 - Um Livro Aberto Diante do Espelho
    • 1996 - Manhã do Meu Inverno
    • 2000 - Rosas Brancas e Vermelhas
    • 2001 - A Corça Matinal

    Ensaio
    • 1990 - Os Dois Sóis da Meia-noite
    • 2001 - O Grande Lume

     

    Poema

    "Meu amor minha caneta de tinta permanente
    minha alga no fundo do poema
    aqui estou debruado num sonho
    onde as palavras são de chocolate ...”


    [ in Impressões Digitais]

    segunda-feira, 16 de março de 2009

    António Avelar de Pinho

     Antonio Avelar de Pinho

    António Avelar de Pinho nasceu no Entrocamento em 27 de Maio de 1947.

    Foi membro fundador de grupos como Filarmónica Fraude (1967) e Banda do Casaco (1973).

    Em 1977 escreve e co-produz o disco do programa "Fungagá da Bicharada".

    Em 1980 entrou para o Departamento Nacional de Artistas e Reportório da Valentim de Carvalho, onde, conjuntamente com Nuno Rodrigues, escreveu canções para nomes como Lara Li, Gabriela Schaaf, Concha ou os próprios Banda do Casaco.

    Trabalhou com nomes como Rui Veloso ou as Doce. Ele é também um dos autores da personagem Avô Cantigas.

    Com Pedro de Freitas Branco foi o autor da série juvenil "Os Super4 com mais de 19 livros publicados, os mais recentes, a partir de 2005, tem sido escritos apenas por Pinho.

    No Festival RTP da Canção de 2006 foi o autor da letra de "Bem Mais Além”, a canção com música de José Marinho e que foi interpretada pelos MariaFolia.

    Particpa na promoção, conjuntamente com Nuno Rodrigues, do álbum "Hoje Há Conquilhas" da Banda do Casaco.

    Em 2007 regressou ao Festival RTP da Canção com os TribUrbana, o seu projecto mais recente

    Obtido na pt.wikipédia

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    domingo, 15 de março de 2009

    António Assis Esperança

     António Assis Esperança

    António Assis Esperança (Faro, 1892 - Lisboa, 1975), foi um escritor e jornalista português.

    Trabalhou para as publicações Seara Nova, O Diabo e Vértice e dirigiu o jornal de crítica teatral A Crítica.
    Foi membro do Pen Club e um fundadores da Sociedade Contemporânea de Autores, pertencendo à primeira direcção da Sociedade Portuguesa de Escritores (ambas encerradas pelo
    Estado Novo).
    Algumas obras suas estão traduzidas em romeno.

    Obras

    • Vertigem (1919)
    • Viver (1921)
    • O Dilúvio (Prémio da Associação de Profissionais da Imprensa 1932)
    • Gente de Bem
    • Servidão
    • Trinta Dinheiros
    • Pão Incerto
    • Fronteiras (1972)
    • Náufragos (teatro)
    • Noite de Natal (teatro)

    Fonte

    Marreiros, Glória Maria. Quem Foi Quem? 200 Algarvios do Século XX (2ª ed. 2001). Edições Colibri, Lisboa, 2000.

    Obtido na Wikipédia

     

    UM HOMEM

    “PARA o atravessarmos, acendemos archotes de urze ressequida, porque tudo aqui é simples e primitivo. Iniciamos a marcha Como penduradas na abóbada, ou cabeleira verde das pedras, os fetos e avencas das humidades sombrias; aqui e além a cair :em gotas, pingue-que-pingue, como se toda aquela terra fosse espremida por mãos crispadas, as paredes ressumam água. Faço a primeira centena de passos, e o ponto luminoso, que é a outra entrada do túnel, permanece minúscula, marcando a grande distância a percorrer.

    O círculo vermelho do clarão do archote mal chega para nos indicar por onde corre a levada. Guardo silencio porque tudo me é conhecido Surge - o primeiro percalço.

    A meio caminho, extingue-se a -luz que nos guiava. O vento, que assobia neste corredor abobadado, fizera que a chama depressa consumisse a urze seca.

    O caminho torna-se doloroso, inquietante. Gracejamos uns com os outros, mas a escuridão é completa e separa-nos. Nós e o negrume da noite daquelas paragens; nós e a sensação de que vai abrir-se um abismo a nossos pés, pronto a tragar-nos. A terra encharcada que pisamos torna-se lama fétida; a imaginação põe ali répteis de cabeçorras disformes, repugnantes; as arestas das pedras que tocamos são escamas de monstros; tacteando o murozito da levada, arrepios friorentos percorrem-nos o corpo, como se os nossos dedos tocassem em cadáveres. Apetece-nos gritar, e imediatamente receamos a nossa própria voz; tentamos gracejar, e as palavras soam entarameladas, fúnebres.

    Como farol em noite de trevas, a nossa esperança é o orifício branco do fundo do túnel. Apressamos, o mais que podemos, os passos, mas ele nega-se a abrir-se mais, como em caminhada sem fim. Um minuto que passa é ali enternidades.

    É então que se apossa de nós o desejo de correr, de fugir, e para bem longe daquele pesadelo. Mas como nos sonhos de quando ansiamos voar e nos sentimos presos, a corrida é impossível naquele terreno escorregadiço, de molhado. As primeiras passadas perco o equilíbrio. É o desconhecido. Apaga-se a sensação de que atravesso um túnel, para me possuir a certeza de habitar um mundo diametralmente oposto àquele em que vivera. A meu lado, tanto podem viver monstros, ou espíritos enfeitiçados, como haver tesouros escondidos.

    É depois, quando estamos a poucos metros do fim do túnel, que começamos a encontrar o sabor inédito daquela travessia sem perigos, só a imaginação a torná-la arriscada. A luz, que vem chegando até nós, é júbilo de alma; apetece sorrir e cantar. Desembocamos num terreiro aberto na falda dum monte acima das nuvens, tão próximo do céu !

    Píncaros altíssimos. E, como toalha muito alva de altar, o nevoeiro espesso, que ficara todo a meia-encosta, é o chão macio em que, na infância, sonhámos brincar. Mansão de fadas ou residência favorita de sereias, certamente às primeiras horas da manhã as veremos, ali, cabriolando e rindo, para depois se precipitarem no retalho de oceano que muito lá ao fundo, se divisa. Com aquele tapete de arminho a cobrir fundos de abismos, a paisagem é esplendorosamente bela. Sobre terras feitas com a luz branca do luar, construíram-se castelos de rochas que o oceano embala com a canção das suas ondas.

    A vereda que seguimos agora é tão estreita que não consente duas pessoas a par. A terra foi, aqui e além, soerguida por mãos dum gigante enlouquecido. São vales profundíssimos, cortados a pique. As próprias cabras da montanha, assustadas à nossa passagem, escolhem os carreiros por onde descer. Há encostas escalvadas, negras, e outras atapetadas com o verde das urzes centenárias. Inquiro do contraste. Meia dúzia de anos antes, os pastores da serra lançaram fogo às matas, e o fogo lavrara por todo o interior da ilha.

    (…)

    -O incêndio . . .; o incêndio . . .

    Esboça gestos, como aterrorizado, e tão infantis como infantis, entarameladas são as suas palavras. Ergue, um pouco, o braço, a mão esboça uma curva leve, e é sempre assim. Significa terror, como depois esse mesmo aceno lhe servirá para significar alegria .

    -Foi em 19l09, e eu estava só. Vi o homem e depois o fogo, que saltava de árvore em árvore que nem gato bravo. Três dias durou: três dias. Eu preparei tudo ! preparei tudo. Eu só ! Havia água, e foi só encher os baldes; |

    Um risinho seco, sarcástico, contra o fogo, como a castigar-lhe o omnipotencia, e os mesmos gestos: um erguer do braço, e a mão ossuda, enorme, a esboçar uma curva leve. ..

    -O fogo vinha daqui, e eu va de lhe deitar água; vinha dalém, e já eu lá estava de plantão. Nunca me apanhou de mãos a abanar. Olhe, meu senhor, que tudo isto eram chamas à roda, e eu vá de deitar-lhes água para cima. Que eu cá, sou rijo !

    A voz tem sempre o mesmo tom plangente. Recordação única, por espectáculo único, sorri. Bebe para molhar os lábios.

    -Que eu salvei isto. Eu só ! Ao segundo dia, já dum lado estava tudo apagado, veio cá cima um cunhado meu para me dizer que a minha irmã morria com chorar. E queria - levar-me de gancho ! queria que eu abalasse pela levada fora e abandonasse esta casa!

    -E foi?

    --Qual?! Eu queria lá saber da minha irmã ! Quando isto... quando «a tasca» ardesse, ficava menos um homem no mundo, foi o que respondi ao meu cunhado. E cá fiquei ! eu só! Eu a brincar com o fogo, e o fogo a ralhar comigo. Mas venci eu ! Que eu cá sou rijo. Eu podia lá abalar ! E então isto ? Se eu abalasse, ardia tudo ! Não queriam mais nada, não ?

    Fito-o. A narração engrandece-o. Ganhou maior estatura; o dever emprestou-lhe ao rosto um luaceiro de heroicidade. Desaparecem o falar e a timidez dos gestos. Ante mim, está um Homem, e sem desmerecer daqueles que acreditam haver, para eles, uma missão na terra, e não vacilam em sacrifícios, antes os procuram, conscientes, em proceder por forma diferente das maiorias.”

    [António Assis Esperança, "Um Homem", in Ilustração, Lisboa 1929, in Cabral do Nascimento, Lugares Selectos de autores portugueses que escreveram sobre o arquipélago da Madeira, Funchal, 1959, pp. 177-180, 184-186]