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terça-feira, 28 de abril de 2009

António Maria Vasco de Mello Silva César e Menezes

Antonio Vasco de Melo

António Maria Vasco de Melo César e Meneses, (Lisboa, 13 de Novembro de 1851Lisboa, 21 de Maio de 1923), o 9.º conde de Sabugosa, também conhecido por António Vasco de Melo, bacharel formado em Direito, escritor, poeta, diplomata e alto funcionário, mordomo-mor da Casa Real, Par do Reino, poeta e escritor distinto. Foi autor de múltiplos contos, crónicas, comédias e poemas, de diversas obras sobre escritores portugueses do século XVI e de uma obra histórica sobre Sintra. Fez parte do grupo dos Vencidos da Vida, tendo colaborado também na Revista de Portugal.

Biografia

António Maria Vasco de Melo César e Meneses nasceu em Lisboa, a 13 de Novembro de 1851, filho de D. António Maria José de Melo da Silva César e Meneses, o 3.º marquês de Sabugosa, e de D. Maria do Carmo da Cunha Portugal e Meneses, dama honorária da rainha D. Maria Pia. Seu pai foi um prestigiado par do Reino, ministro, governador civil e um dos mais destacados membros do Partido Histórico do seu tempo.

Casou a 8 de Janeiro de 1876 com D. Mariana das Dores de Melo, 4.ª condessa de Murça, título que lhe foi renovado como herdeira de seu pai, D. João José Maria de Mello Abreu Soares de Vasconcelos Brito Barbosa e Palha, o 3.º conde de Murça, e de D. Ana de Sousa Coutinho Monteiro Paim. A esposa foi dama das rainhas D. Maria Pia e D. Amélia de Orleães e presidente da Associação Protectora das Escolas para Crianças Pobres.

António Vasco de Melo, nome que utilizou enquanto estudante e com o qual assinou muitas das suas obras literárias, era bacharel formado em Direito pela Universidade de Coimbra, onde terminou o seu curso em 1877.

Por decreto de 15 de Setembro de 1879, recebeu a mercê do título de 9.º conde de Sabugosa, para além de ter herdado diversos outros títulos e honras, que reuniu na sua casa aos da casa dos condes de Murça, provenientes da família da esposa. Apesar de poder suceder a seu pai nos títulos de marquês de Sabugosa e de conde de São Lourenço, nunca se encartou.

Em 1882 ingressou na carreira diplomática como funcionário da Secretaria de Estado dos Negócios Estrangeiros, com o cargo de segundo-oficial, sendo nomeado secretário de legação em 1885. Ascendeu a enviado extraordinário e ministro plenipotenciário, servindo no gabinete do ministro, cargo de que foi exonerado, a seu pedido, por decreto de 3 de Novembro de 1910, na sequência da implantação da República.

Foi também alcaide-mor de Elvas e veador e mordomo-mor da casa da rainha D. Amélia de Orleães, tendo sido o último a exercer esses cargos.

Falecimento, honras e títulos

Faleceu em Lisboa a 21 de Maio de 1923. Foi grã-cruz da Ordem de Cristo; comendador e grã-cruz da Ordem de Santiago da Espada, por decreto de 4 de Dezembro de 1909; mordomo-mor da Casa Real, nomeado em Abril de 1903; Par do Reino, por nomeação de 17 de Março de 1898; e sócio efectivo da Academia Real das Ciências de Lisboa.

Foi também membro do Instituto de Coimbra, da Associação dos Arquitectos Civil e dos Arqueólogos Portugueses e da Sociedade Literária Almeida Garrett. Foi presidente da Sociedade de Bibliófilos Diogo de Machado.

Tendo passado pela carreira diplomática, foi agraciado com múltiplas condecorações estrangeiras.

Obras publicadas

António Maria José de Melo César e Meneses foi editor de obras de Gil Vicente e do poeta Chiado. Entre as suas principais obras publicadas contam-se:

  • Minuete (1877);
  • Poemetos (1882)
  • Na Goela do Leão (1882);
  • De Braço Dado (em colaboração com o 1.º conde de Arnoso) (1894)
  • O Paço de Cintra, apontamentos historicos e archeologicos (adornado com desenhos da rainha D. Amélia de Orleães) (1903);
  • Embrechados (1908);
  • Neves de Antanho (1910);
  • Donas de Tempos Idos (1912);
  • Gente d'Algo (1915);
  • A Rainha D. Leonor (1921);
  • Bobos na Corte (1923).

 

Fonte:  Wikipédia

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