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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Américo Durão.

 

Américo Durão nasceu em Couço em 1894 e faleceu em Lisboa em 1969, é  o criador do epíteto «Soror Saudade», foi um poeta e escritor português,  é o autor da seguinte bibliografia:

Vitral da minha dor, 1917;

Tântalo, 1921;

Lâmpada de Argila, 1930;

Tômbola, 1942;

Ecce Homo, 1953;

Sinal, 1963.

Foi colega de Florbela Espanca na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e um dos mais próximos da poetisa durante os seus estudos universitários .

É referido como contendo "laivos" de sebastianismo nalguma da sua poesia.

Aliás, pensamos que a evidência do poema do que segue obrigava quase imperativamente à inclusão de Américo Durão no Sebastianismo e no Saudosismo Pascoaliano:

D. Sebastião

Manhã de névoas. Misteriosamente

As coisas ganham atitudes vagas.

Nevoeiro denso, diz-me porque afagas

A lenda doida, a esta doida gente?

Ascende ao Sol religiosamente,

Oiço um fremir de escudos e adagas….

Coração, coração, porque divagas

Na esperança do mesmo eterno Ausente!?

Cerra-se mais o nevoeiro e faz

Subir a Fé nos corações! Ninguém

Pode abafar seus gritos na garganta!...

Uma bandeira branca – a névoa! Traz

Suspensa aos astros…Vede, olhai, lá vem

O Herói que a Raça moribunda canta!

Américo Durão, Tântalo, Lisboa, 1921.

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