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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Álvaro Guerra

 

Alvaro Guerra

Álvaro Guerra era um grandioso e importante escritor português, um político, jornalista e diplomático, nasceu a 19 de Outubro de 1936, em Vila Franca de Xira onde viria a falecer a 18 de Abril de 2002. Álvaro Guerra sempre foi contra o salazarismo e a guerra colonial, onde combateu entre 1961 e 1963, pois após um ferimento grave teve que regressar a Portugal. No ano seguinte, viajou até França para estudar Publicidade e em 1969 voltou de novo a Portugal e ligou-se ao jornalismo, que o levou á direcção de informação da RTP após o 25 de Abril. Foi conselheiro de Ramalho Eanes, Presidente da Republica na altura e mais tarde abraçou a carreira diplomática que o levou a embaixador da Antiga Jugoslávia, Estrasburgo, Zaire, Índia e Suécia. Álvaro Guerra faleceu vítima de problemas cardíacos, poucas horas depois de ter escrito o seu último livro, "No Jardim das Paixóes Extintas".

Álvaro Guerra sempre foi muito ligado a Vila Franca de Xira e ao que mais a caracterizava, a Tauromaquia.

Fonte: Site pt.shvoong

Alvaro Guerra - Livro

Obras

Os Mastins (1967)
Disfarce (1969)
A Lebre (1970)
Memória (1971) (contos)
Capitão Nemo e Eu (1973)
Café República (1982)
Café Central (1984)
Café 25 de Abril (1984)
Crimes Imperfeitos (1990)
Razões do Coração (1991)
A Guerra Civil (1993)
Esboços para Uma Tauromaquia (1994)
Com Crónicas Jugoslavas (1996)
No Jardim das Paixões Extintas (2002)

Mais Links: pt.wikipedia

antimemória

Viemos do mundo para o mundo
do nosso lugar para o lugar
e perdemos a memória de onde viemos
só o ar que respiramos nos não custa o esforço visível
dor mínima
dor habituada
em tecidos que se usam e se rompem
o resto é nunca nos inscrevermos
senão com violência
entre as acumuladas pedras da cidade
(ou) sobre o caprichoso húmus
inventando o esquecimento
e perseguindo a inventada liberdade
do infinito sempre interrogando
um regresso
uma despedida
suamos a passagem
soamos a rangente esperança
somos amos desta soma de anos não somados
consolamentum excomungado
redenção crucificada
sabemos que acabar lutando é começar
e da beleza é tudo o que sabemos


[in, Memória, 1971]

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