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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Alexandre Vargas

 AlexandreVargas

Alexandre Vargas ( Lisboa, 31 de Dezembro, de 1952) é um escritor português, licenciado em filologia românica pela Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa. Está representado em antologias e tem colaboração dispersa por vários jornais e revistas.

Obra

  • Morta a sua Fala, Iniciativas Editoriais, 1977;
  • Cyborg, Livros Horizonte, 1979;
  • Vento de Pedra, Moraes Editores, 1981;
  • Organum, Fenda Edições, 1984;
  • Múltiplos de Três, Autores, 1997;
  • Lua Cisterna, & etc, 1984.

Traduções
  • Patti Smith (“Witt”, Assírio & Alvim, 1983),
  • Peter Hammill (“Camaleão na Sombra da Noite”, Assírio & Alvim, 1990), *Lewis Carroll, Yasmina Reza, Pier Paolo Pasolini, Amélie Nothomb e Xavier Durringer.

Fonte: Alexandre Vargas – pt.wikipédia

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POEMA:

ERA UM DIA DE OUTONO NEVOEIRO...

Era um dia de outono nevoeiro,

eu caminhava ao longo de uma costa

por mar batida, num carreiro,

depois de fazer parar a mala-posta.

Um pouco afastadas da falésia

algumas árvores meditavam ao ar livre,

aproximei-me: logo ali, sob uma delas,

encontrei a folha que faltava no meu livro.

Tratava-se de um volume de epístolas

arrumadas entre cartas de jogar,

cerrado ao peito como uma pistola

ás de copas recolhi para disparar.

A noite ia passar naquelas bandas,

já lobrigara estalagem o cocheiro

marcara quarto simples na “Old England”

de cuja ceia rescendia sóbrio cheiro.

Depois da janta adormeci sobre a lareira

de “whiskey” e charutos carta ao fogo,

logo para a mesa estalajadeira,

refeito, me conduziu a novo jogo.

O cocheiro dormia agora a sono solto

bebidas “pints” outro ás ganhava belo

sonhei que partia para o monte

a câmara rubra levou ela contarelo:

“Arcelo, Arcelo,

deita o teu cabelo

cá abaixo de repente,

quero subir imediatamente!”

Era uma narrativa popular

que subia, à torre subia e subia

o tempo a desenrolar-

-me a estalajadeira e o fâmulo na via.

(1999) – Tirado do Site Oficial

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