Américo Durão nasceu em Couço em 1894 e faleceu em Lisboa em 1969, é o criador do epíteto «Soror Saudade», foi um poeta e escritor português, é o autor da seguinte bibliografia:
Vitral da minha dor, 1917;
Tântalo, 1921;
Lâmpada de Argila, 1930;
Tômbola, 1942;
Ecce Homo, 1953;
Sinal, 1963.
Foi colega de Florbela Espanca na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa e um dos mais próximos da poetisa durante os seus estudos universitários .
É referido como contendo "laivos" de sebastianismo nalguma da sua poesia.
Aliás, pensamos que a evidência do poema do que segue obrigava quase imperativamente à inclusão de Américo Durão no Sebastianismo e no Saudosismo Pascoaliano:
D. Sebastião
Manhã de névoas. Misteriosamente
As coisas ganham atitudes vagas.
Nevoeiro denso, diz-me porque afagas
A lenda doida, a esta doida gente?
Ascende ao Sol religiosamente,
Oiço um fremir de escudos e adagas….
Coração, coração, porque divagas
Na esperança do mesmo eterno Ausente!?
Cerra-se mais o nevoeiro e faz
Subir a Fé nos corações! Ninguém
Pode abafar seus gritos na garganta!...
Uma bandeira branca – a névoa! Traz
Suspensa aos astros…Vede, olhai, lá vem
O Herói que a Raça moribunda canta!
Américo Durão, Tântalo, Lisboa, 1921.
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