Alberto de Serpa nasceu no Porto, a 12 de Dezembro de 1906. Foi um poeta português. Frequentou a Faculdade de Direito de Coimbra, onde não concluíu qualquer curso, após regressar ao Porto foi empregado de comércio e de escritório e tornou-se posteriormente um professional de seguros. Em 1936 esteve preso por motivos políticose mais tarde integrou-se no movimento Presença. Fundou, com Vitorino Nemésio, a Revista de Portugal. Colaborou em várias revistas e jornais brasileiros e portugueses. Publicou com José Régio, as antologias, Poesia de Amor e Na Mão de Deus. Faleceu a 8 de Outubro de 1992.
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Obras publicadas
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Ensaios
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1948 - Vida, Poesias e Males de António Nobre
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1952 - Poetas... Poetas...
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Novela
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1923 - Saudades do Mar
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Poesia
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1924 – Quadros
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1924 – Evoé
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1934 – Varanda
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1934 – Descrição
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1935 - Vinte Poemas da Noite
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1940 - A Vida É o Dia de Hoje
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1940 - Lisboa é Longe
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1940 - Drama, Poemas de Paz e da Guerra
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1943 – Fonte
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1944 – Poesia
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1945 – Nocturnos
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1948 – Rua
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1952 – Pregão
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1952 - Vê Se Vês Terras de Espanha
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1958 - Os Versos Secretos
POEMA:
A UM JOVEM CAMARADA
Meu Camarada moço,
- Lidos os teus poemas,
Apenas posso
Dizer-te que não temas
Dar-lhes o fogo, a morte, o esquecimento.
Se queres a Poesia, vai para ela
Puro, desnudo, de ímpeto violento,
Como para a mulher
Em que parou teu sonho, - se és o seu.
Vai, como ela te quer.
Mas se outra chama inflama o teu amor,
Se outro sonho tão belo te rendeu,
Tem coragem nobre de depor
Os versos que não são teu instrumento.
Toma outras armas mais condizentes.
Não, a Poesia não a violentes!
Deixa os versos ao vento…
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